segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Especiaria: Amaranto


AMARANTO
O nome, certamente, é familiar.
Mas por Gaby Amarantos, cantora tecnobrega paraense que atualmente faz sucesso em rede nacional.
Amaranto é um grão altamente nutricional.
Nome completo: Amaranto BRS Alegria!
Apesar de aparecer recentemente nas prateleiras dos supermercados, lojas especializadas, farmácias que trabalham com especiarias, o amaranto é um cereal consumido há muito tempo por povos da América Central, como os incas, os maias e os astecas.
As pesquisas realizadas com o amaranto no Brasil começaram por volta de 1996, sob a batuta do Embrapa, pelo grupo de pesquisadores liderados por Carlos Roberto Spehar (www.scielo.br). Ponto de partida para estudos, experiências e cultivo no Brasil.
O grão definido como pseudo-cereal (não precisa ser necessariamente gramínea, porque têm propriedades alimentares dos demais cereais) possui cerca de 15% de proteínas com alto teor biológico (aquelas com todos os aminoácidos essenciais que o corpo não produz). De acordo com estudos, ele se compara com a proteína do leite.
É fonte de cálcio biodisponível (melhor absorção no organismo), o que não acontece com outros vegetais. Além de ser fonte de fibras, zinco, fósforo.
Não contém glúten, sendo uma excelente opção para os celíacos (pessoas com intolerância ao glúten). Quase não tem gosto: a farinha pode ser usada em várias misturas sem comprometer o sabor.
Em relação à quinoa, por exemplo, ele é menos calórico. São 102 Kcal a cada 100 g cozidas, enquanto que a mesma quantidade de quinoa cozida contém 120 Kcal.
O amaranto é considerado funcional assim como a quinoa; capaz de atuar no organismo prevenindo a desnutrição e o excesso de peso, pelo fato de promover a saciedade.
Curiosidade: Apesar de ter arbustos de até 2 m de altura, o grão do amaranto tem pouco mais de 1 mm. Mesmo assim, é possível fazer pipoca do cereal. Basta levar ao fogo, sem nenhum tipo de de óleo, por alguns segundos até que o grão fique branco. Depois é só temperar com sal.
O Amaranto ainda é pouco conhecido no Brasil. Por isso é difícil a sua aquisição. E o seu custo é alto. É comercializado em flocos naturais, semelhante aos flocos da aveia. Pode ser consumido com frutas e iogurte, como ingrediente para preparação de pães, bolos, doces, sopas, vitaminas.
Pesquisas realizadas no Brasil e em todo o mundo avaliam positivamente o potencial do amaranto na redução dos níveis de colesterol no sangue. Vários componentes atuam nesse efeito: o óleo, a fibra, a proteína e as substâncias antioxidantes.
Há mais de 60 espécies de amaranto. Um deles é estudado por pesquisadores da Unicamp (www.unicamp.br) há mais de oito anos. Os estudos descobriram, entre outras valiosas informações: que a composição química do amaranto se assemelha a uma combinação muito conhecida, apreciada e necessária para todos os brasileiros… o arroz com feijão.
O amaranto tem potencial para um trabalho social importantíssimo: a introdução desse cereal na merenda escolar das populações carentes. Bem como na alimentação dessa população, de norte a sul do Brasil.
A produção nacional ainda é pequena para a necessidade real do Brasil. Um trabalho que a Embrapa busca superar “a toque de caixa”. Ela precisa crescer muito para atender à demanda dos consumidores ávidos por alimentos mais saudáveis. Hoje, a safra gira em torno de oito toneladas anuais e a demanda é estimada entre 15 e 20 toneladas. Um déficit ainda lamentável
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